No dia 14 de Dezembro de 2002 a 17 milhas ao norte da costa da França dentro do canal inglês (umas das rotas de navios mais movimentadas no mundo) ,o navio "Tricolor" colidiu com o navio "Kariba", vindo a afundar com aproximadamente 3000 carros a bordo.
Mesmo com avisos de rádio, 3 embarcações de guarda e uma bóia de sinalização, o navio holandês "Nicola" colidiu com o casco soçobrado do Tricolor na noite seguinte ao acidente.
Por causa da localização, em um ponto que duas vias se combinam no Esquema de Separação de Tráfego (TSS) do Canal inglês e a parte sul do Mar do Norte e pelo fato de que ele estava completamente submerso, a IALA/AISM viu a necessidade de uma sinalização específica para novos perigos/cascos soçobrados, então a partir de 2005 com o “IALA Guideline 1046 – Response Plan for the Marking of New Wrecks” começou a implementação de caráter experimental desse novo sinal.
Logo em seguida veio a Circular 259 da IMO baseada na recomendação O-133 da IALA ratificando a implementação do sinal em caráter de teste.
Na revisão de 2010 do Sistema de Balizamento Marítimo da IALA (MBS) foi incluído esse novo sinal, sendo que a NORMAM 17 – que trata deste assunto no Brasil não faz referência alguma a esta recomendação.
O Brasil sendo signatário da IALA/AISM, não deveria adotar esta medida como uma forma de melhorar os auxílios a navegação? Cumprindo inclusive o disposto no SOLAS,capitulo V, regra 13.2 ?
Diante desta dúvida enviei um email à DHN e CAMR, segue abaixo a resposta:
Prezado Sr. Dhiego Mota Paes, Bom dia
"Os sinais de emergência para marcação de novo naufrágio (Emergency Wreck Marking Buoy), conforme abaixo, ainda estão em análise e, futuramente, poderão ser incluídos na revisão da NORMAM-17/DHN. Lembrando que a sinalização para essa situação está prevista no item 0314 da norma (SINAL PARA NOVOS PERIGOS). Qualquer sinal existente no Sistema de Balizamento adotado no Brasil (Perigo Isolado, Lateral ou Cardinal) pode ser usado para esse fim.
Atenciosamente,
Ouvidoria do CAMR".